erguem-se novos túmulos de Almas
Caciças abatidas por balas
vindas do acaso
No labirinto dessa dor sufocante
renasce a esperança de te ver
mais una, mais digna
Guiné querida!
Hoje despedaçada
timbrada com sangue indelével
aromatizada de sal e mercúrio
transformada no santuário
do mal e do ingénuo
No horizonte do teu âmago
vislumbra debaixo da penumbra da árvore gigante
uma sombra suavizante
e viveremos na comunhão almejada
com a palavra do mano
um justo valor e sentido para todos
Guiné callente
Guiné valente
negue ser murnhengo
mesmo que acabe o pão e o açúcar
desde que haja água
desde que haja terra
De Boé a Bedanda
de Quebo a Cacheu
soou o batuque da esperança
a tempestade serve bonança
a semente da tua crença
alimenta bocas famintas
de vento de sossego de carinho
na sombra da tua penumbra.»
Mussá Turé, poeta guineesnse
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