«Tinha chegado já o terceiro dia, aquele em que esperávamos ganhar um jantar livre de entraves, mas sentíam-nos tão abatidos com aquelas provações que mais nos agradava a fuga que o descanso. E assim, era sem ânimo que discutíamos a maneira de nos livrarmos da presente aflição, quando um escravo de Agamémnon nos deixou em sobressalto, ao anunciar:
- Então? Vocês não sabem em casa de quem se faz hoje a festa? É Trimalquião, um tipo cheio de classe, que tem na sala de jantar um relógio e um corneteiro todo aperaltado, para saber, a cada momento, quanto tempo da sua vida se escoou.»
Satyricon, Petrónio
tradução de Delfim Leão
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