Mais uma vez o Thíasos surpreendeu pela positiva na abertura do XI Festival Internacional de Teatro de Tema Clássico, com a magnífica peça O Fulaninho de Cartago, de Plauto, apresentada com a nova tradução, sempre mais coloquial e acessível, do professor José Luís Brandão, também seu encenador.
Foi desta que convenci um velho amigo a juntar-se a nós para ver a peça. Nessa noite, o espaço em frente ao Teatro Paulo Quintela, que me pareceu sempre bastante amplo, estava coberto por um mar de gente que queria mesmo ver Plauto. Não eram só os grandes professores da área de clássicas, mas gente de todas as áreas e de todas as idades. Depois do tempo de espera para entrar, nada de especial embora anormal para o costume, a desilusão de já não haver um daqueles livrinhos com os trechos da peça… Apesar de termos conseguido chegar a horas, sentámo-nos nas filas de trás. E fez-se silêncio.
No palco apareceu o caríssimo professor Delfim Leão, fazendo alguns agradecimentos e fornecendo ao público as linhas gerais da peça e do seu contexto histórico. Aqueles gestos, o tom de voz, trouxeram-me imediatamente à memória as saudosas manhãs de aulas de Cultura Clássica. Quanto aprendemos com ele! Descontraído, correu para fechar as cortinas da entrada grande sala e desapareceu por entre as cortinas do palco.
As luzes acendem-se e destacam-se as entradas de um lupanar e de uma casa das redondezas. Do lupanar sai uma jovem que, servindo de coro, nos canta as aventuras de Agorásteles, o rapaz que havia sido raptado de Creta juntamente com as suas primas. Fora adoptado por um velho misógino de Cálidon, na Etólia, do qual herdou todos os bens. Encontramo-lo agora apaixonado por Adelfásio, futura meretriz no lupanar de Lico, o Alcoviteiro a quem Agorástocles pretende dar uma lição. É o dia das afrodísias, a festa de Vénus. Lico, Carlos Jesus, entra em cena e encontra Antaménides, o soldado romano fanfarrão, a personagem-tipo que adora contar as suas façanhas fantasiadas, aqui interpretado por Delfim Leão, que nos brinda com uma sessão tão cómica e com tamanha convicção ao contar como matou os homens-voadores, que o público lhe responde com sentidas gargalhadas.
Mais tarde, Agorástocles alia-se ao seu escravo, Milfião, e ao seu caseiro, Colibisco, juntando um grupo de testemunhas para enganar o alcoviteiro. Entretanto, para surpresa de todos, surge Hanão, Joasé Luís Brandão, um cartaginês que é, afinal, o tio de Agorástocles e que descobre que as suas filhas são Anterástilis e Adelfásio. Estas são, finalmente, salvas e voltam para a companhia do pai. De destacar, também, o papel de José Luís Brandão e o magnífico sotaque que usou para fazer de cartaginês. Agorástocles fica com a sua apaixonada prima Adelfásio e Lico fica entregue a Antaménides.
Mais um momento bem passado. O XI Festival Internacional de Teatro de Tema Clássico dura até Julho e aqui fica o programa: http://www.uc.pt/fluc/eclassicos/teatro/11festival
Foi desta que convenci um velho amigo a juntar-se a nós para ver a peça. Nessa noite, o espaço em frente ao Teatro Paulo Quintela, que me pareceu sempre bastante amplo, estava coberto por um mar de gente que queria mesmo ver Plauto. Não eram só os grandes professores da área de clássicas, mas gente de todas as áreas e de todas as idades. Depois do tempo de espera para entrar, nada de especial embora anormal para o costume, a desilusão de já não haver um daqueles livrinhos com os trechos da peça… Apesar de termos conseguido chegar a horas, sentámo-nos nas filas de trás. E fez-se silêncio.
No palco apareceu o caríssimo professor Delfim Leão, fazendo alguns agradecimentos e fornecendo ao público as linhas gerais da peça e do seu contexto histórico. Aqueles gestos, o tom de voz, trouxeram-me imediatamente à memória as saudosas manhãs de aulas de Cultura Clássica. Quanto aprendemos com ele! Descontraído, correu para fechar as cortinas da entrada grande sala e desapareceu por entre as cortinas do palco.
As luzes acendem-se e destacam-se as entradas de um lupanar e de uma casa das redondezas. Do lupanar sai uma jovem que, servindo de coro, nos canta as aventuras de Agorásteles, o rapaz que havia sido raptado de Creta juntamente com as suas primas. Fora adoptado por um velho misógino de Cálidon, na Etólia, do qual herdou todos os bens. Encontramo-lo agora apaixonado por Adelfásio, futura meretriz no lupanar de Lico, o Alcoviteiro a quem Agorástocles pretende dar uma lição. É o dia das afrodísias, a festa de Vénus. Lico, Carlos Jesus, entra em cena e encontra Antaménides, o soldado romano fanfarrão, a personagem-tipo que adora contar as suas façanhas fantasiadas, aqui interpretado por Delfim Leão, que nos brinda com uma sessão tão cómica e com tamanha convicção ao contar como matou os homens-voadores, que o público lhe responde com sentidas gargalhadas.
Mais tarde, Agorástocles alia-se ao seu escravo, Milfião, e ao seu caseiro, Colibisco, juntando um grupo de testemunhas para enganar o alcoviteiro. Entretanto, para surpresa de todos, surge Hanão, Joasé Luís Brandão, um cartaginês que é, afinal, o tio de Agorástocles e que descobre que as suas filhas são Anterástilis e Adelfásio. Estas são, finalmente, salvas e voltam para a companhia do pai. De destacar, também, o papel de José Luís Brandão e o magnífico sotaque que usou para fazer de cartaginês. Agorástocles fica com a sua apaixonada prima Adelfásio e Lico fica entregue a Antaménides.
Mais um momento bem passado. O XI Festival Internacional de Teatro de Tema Clássico dura até Julho e aqui fica o programa: http://www.uc.pt/fluc/eclassicos/teatro/11festival
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