Não se fala de outra coisa senão da grande inquietação que aconteceu no 1º de Maio, em Lisboa, com o senhor Vital Moreira, distinto professor que agora apenas conheço por passar várias vezes à porta da minha faculdade. Pelo que vi no telejornal e pelo pouco que consegui ler na Internet, Vital Moreira foi apupado e mesmo agredido durante a marcha comemorativa do Dia do Trabalhador. É realmente vergonhoso terem insultado desta forma o candidato às europeias pelo Partido Socialista. Já algo de parecido se teria passado com Mário Soares na Marinha Grande, tal como Vital Moreira fez questão de recordar. E prontificou-se, também, a acusar apoiantes do Partido Comunista Português de tal acontecimento. Tem lógica que, tendo o senhor abandonado a militância deste partido há vinte anos atrás, haja quem ainda o considere um “traidor”, como lhe chamaram.
Pausa para pensar.
Imaginando que o professor Vital Moreira nunca tenha tido qualquer tipo de relação com outro partido senão o que agora representa, será que iria ser bem recebido pelos manifestantes da classe trabalhadora, sendo ele representante do partido que, por coincidência, é aquele que governa estes mesmos trabalhadores e contra o qual eles se insurgem? Não me parece. Curioso é tentar recordar-me de uma outra marcha do 1º de Maio em que ele tivesse estado presente desde que tenho consciência do que isso representa. Mais curioso ainda é recordar-me de que, há pouco mais de vinte anos atrás, quando eu o conheci, ele insistia sempre com a minha vó velha, na altura das eleições, para votar bem, o que na altura para ele significava “fazer uma cruzinha” onde dissesse PCP. Não quero com isto dizer que as pessoas não possam mudar de opinião com toda a legitimidade, não sendo obrigadas, como ele próprio disse, a militar num partido cujos ideais já não se coadunavam com os dele. Contudo, aparecer numa manifestação da CGTP um membro representante do partido pelo qual o povo já perdeu toda a credibilidade parece uma atitude um tanto ou quanto provocatória. Felizmente para ele que ainda não chegou cá a moda de atirar sapatos, até porque o português é suficientemente esperto ao ponto de pensar no dinheiro que iria gastar num novo par de sapatos. Pensando, por outro lado, na máxima que diz que até a má publicidade é publicidade, até acabou por ser porreiro, não te parece, pá? Vê lá, não façam agora de ti um mártir.
É a revolta do povo. Era vital, Moreira…
Pausa para pensar.
Imaginando que o professor Vital Moreira nunca tenha tido qualquer tipo de relação com outro partido senão o que agora representa, será que iria ser bem recebido pelos manifestantes da classe trabalhadora, sendo ele representante do partido que, por coincidência, é aquele que governa estes mesmos trabalhadores e contra o qual eles se insurgem? Não me parece. Curioso é tentar recordar-me de uma outra marcha do 1º de Maio em que ele tivesse estado presente desde que tenho consciência do que isso representa. Mais curioso ainda é recordar-me de que, há pouco mais de vinte anos atrás, quando eu o conheci, ele insistia sempre com a minha vó velha, na altura das eleições, para votar bem, o que na altura para ele significava “fazer uma cruzinha” onde dissesse PCP. Não quero com isto dizer que as pessoas não possam mudar de opinião com toda a legitimidade, não sendo obrigadas, como ele próprio disse, a militar num partido cujos ideais já não se coadunavam com os dele. Contudo, aparecer numa manifestação da CGTP um membro representante do partido pelo qual o povo já perdeu toda a credibilidade parece uma atitude um tanto ou quanto provocatória. Felizmente para ele que ainda não chegou cá a moda de atirar sapatos, até porque o português é suficientemente esperto ao ponto de pensar no dinheiro que iria gastar num novo par de sapatos. Pensando, por outro lado, na máxima que diz que até a má publicidade é publicidade, até acabou por ser porreiro, não te parece, pá? Vê lá, não façam agora de ti um mártir.
É a revolta do povo. Era vital, Moreira…
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