domingo, 27 de abril de 2014

De um mestre ensandecido



Meus sonhos.
Minhas lívidas porcelanas,
precíosíssimas, pesadíssimas,
que a custo tenho trazido comigo.
Ai de mim!
Mas quebrou o mestre ensandecido!
Desajeitado, aos tropeções,
cego por qualquer maleita,
tomado por delírio que desconheço:
entrou por meu quarto
de relíquias adentro
e mas quebrou.
Que faço agora, mestre,
com estes cacos,
se nem as mãos estendes
para os apanhar?

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