Nós, pobres de nós, cá em baixo.
E os deuses, no Olimpo,
fazendo e desfazendo fados
consoante seus divinos quereres e disposições,
seus áureos amores e desamores,
seus preciosíssimos apegos e ódios.
E nós, pobres de nós, cá em baixo,
sem saber comos nem porquês
das divinas decisões
acatamos.
Porque é assim
que as grandes causas funcionam.
Não é dado aos da terra a conhecer
o grande segredo,
mas sabem estes, de antemão, a quem pertence.
E de que nos serve a nós,
pobres de nós, pobre pequenez,
uma pequena e pobre revolta
se ante a divindade o homem é tão
só pequeno.
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